Lá estava
ela , a casa da doida , a única do quarteirão , no meio de um
matagal , eu e meus colegas sempre que íamos tomar banho no rio lá
perto passávamos por lá
para
perturbar a doida . Toda vez pegávamos pedras e apostávamos quem
atirava a pedra mais longe na casa da doida , atirávamos e logo após
ouvíamos xingamentos , era ela que víamos através de uma janela
quebrada e saíamos correndo .
Um dia
passamos por lá com uma nova ambição , quem conseguiria atirar a
pedra na chaminé da doida , um dos meus colegas atirou uma pedra ,
mas foi com pouca força , nem chegou perto , outro dos meus colegas
, atirou outra pedra mas não conseguiu a pedra caiu no telhado
quebrando uma telha , preparamo -nos para correr mas não ouvimos
nada , pensamos que a doida não estava lá , então fizemos uma
votação para saber quem ia entrar na casa , todos votaram em mim .
Eu fui , empurrei o portão velho enferrujado que rangeu , e lá fui
eu pé ante pé , quando cheguei na varanda , vi que tinha uma janela
aberta , olhei para trás e não vi mais ninguém , mesmo assim ,
movido pela curiosidade , entrei lá dentro e vi móveis velhos e
empoeirados , uma mesa , um guarda roupa e por trás dele uma cama ,
cheguei mais perto e na cama lá estava ela , a doida , deitada com
uma expressão de sofrimento , acho que estava morrendo , mesmo com
medo me aproximei , ela disse uma coisa qualquer que não entendi ,
ela apontou para um copo encima de uma mesinha , acho que estava
pedindo água , enchi o copo pela metade e a dei , eu queria chamar
um médico ou enfermeira , mas também não queria deixa-la então
fiquei lá aguardando o que fosse acontecer .
autor ( Ruan Évislon )
GOSTEI MUITO...MAIANE
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